BOAVISTA, 0 – PASTELEIRA, 0
EMPATE ENTRE AMIGOS
O Boavista empatou ontem com a sua equipa «B» (Pasteleira) 0-0 e só se pode queixar de si.
Lutou, sem dúvida, mas desperdiçou oportunidades claríssimas para sair vitorioso da 12.ª ronda do Nacional de juvenis.
Sílvia Soares
silvia.soares@onortedesportivo.com
O Boavista empatou ontem na 12.º jornada do Campeonato Nacional de juvenis (Série B) numa partida que opôs a formação do Bessa à outra formação das panteras, que tem a definição de Pasteleira.
O nulo acabou por penalizar a «turma» principal comandada por Nelo, que, contudo, não tira mérito aos «B», que lutaram dignamente para que o Boavista não saísse vencedor.
Mas quem cria meia dúzia de oportunidades de golo flagrantes e não concretiza sujeita-se à penalização.
Foi o que aconteceu às «panteras».
Na primeira parte o lance mais saliente de registo pertenceu ao avançado Nelson, mas o número 11, de baliza aberta, não conseguiu o desvio esperado.
O nulo ao intervalo deixava antever alterações para o segundo tempo e, acima de tudo, uma atitude mais ofensiva e esclarecida do ataque boavisteiro.
O técnico Nelo – que ainda na última temporada representou ao mais alto nível o Tirsense, tendo ajudado o conjunto de Quim Machado a subir de Divisão –, contudo, fez entrar o mesmo onze, tal como João Pedro Vitorino.
Certo, é que o segundo tempo trouxe um jogo muito mais aberto e com maior ascendência dos da «casa».
Baptista foi o primeiro a dar sinal de perigo num livre directo, mas a bola subiu de mais.
Na resposta, João Paulo cabeceou ao lado da baliza defendida por Nelo e logo depois foi a vez de João Santos tentar o cruzamento, mas o guardião estava atento.
A partir daí foi um festival de golos perdidos das «panteras», que o digam Rui Carvalho (ou Ruizinho, como era chamado na bancada), mas também Esmael e Hugo, todos com oportunidade de inaugurarem o marcador, mas sem resultado.
Panteras desperdiçam de mais.
Ainda assim, foi o Pasteleira quem terminou a partida em cima da área do Boavista e podia mesmo ter feito estragos.
Fary num forte remate, que saiu ao lado, tal como do de Miguel.
E, por fim, num lance que deixou muitas dúvidas de João Santos.
O avançado do Pasteleira reclamou grande penalidade, mas o juiz portuense Carlos Duarte mandou seguir.
A sensação que fica, de facto, é que o número 10 dos «verdes» é tocado dentro da área boavisteira.
Segundos depois suou o apito para o fim do encontro e o empate sem golos selou o encontro disputado em Folgosa da Maia.
O conjunto do xadrez perdeu uma boa oportunidade de se distanciar de um dos seus adversários directos – Feirense –que ontem perdeu na recepção ao Padroense.-------------------------------
DECLARAÇÕES EMPATE JUSTO PARA QUEM QUERIA A VITÓRIA
No final do encontro, Nelo não escondeu que o empate não era o resultado ambicionado pela sua equipa, mas quem não marca sujeita-se. “Queríamos, como é evidente, os três pontos.
Ainda mais por que estamos numa fase crucial do Campeonato e não podemos ceder pontos e hoje [ontem] não conseguimos vencer”, afirmou Nelo, adiantando de seguida:
“Agora temos que pensar no próximo jogo e tentar corrigir os erros que cometemos neste.
Criámos oportunidades, mas não conseguimos marcar.
Pecámos na finalização”.
E se o «mister» das «panteras» disse que “não conseguiu ver o lance do penálti, porque estava a falar com um atleta”, o treinador do Pasteleira, João Pedro salientou que “estava longe para ajuizar”, mas que os jogadores afirmaram-lhe que “era”.
E prosseguiu na análise: “Pelo que ambas as equipas produziram o empate foi o resultado justo, mas o nosso objectivo era vencer e subir na tabela classificativa.
Estivemos melhor no primeiro tempo e, como era esperado, o Boavista foi mais forte na segunda parte, revelando o seu poder”.
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FICHA
Boavista
Nelo; Adriano, Fábio Leite, Renato e Nuno Soares; Baptista, Jefferson e Lucas (Hugo, 62); Esmael, Rui Carvalho e Nélson (Marcos, 70). Treinador: Nelo.
Pasteleira
Cavadas; Viana, Bruno Valente e João Paulo; Baptista, Miguel, Danny, Pedrinho (Diogo, 76) e Cunha (Fary, 69); João Santos e Rafael (Márcio, 80+2).
Treinador: João Pedro Vitorino.
Árbitro: Carlos Duarte (Porto) coadjuvado por João Macedo e Jorge Silva.
Jogo disputado no Complexo Municipal de Folgosa, na Maia.
Ao intervalo: 0-0.
Cartões amarelos: Rui Carvalho (47), Baptista (75) e Danny (80+1).
"In Norte Desportivo"
segunda-feira, 26 de novembro de 2007
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